sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Entamoeba Histolytica


  • Trofozóito de 20 a 40 μm,podendo chegar a 60cm na forma invasiva;
  • Possui endo e ectocitoplasma;
  • Geralmente um só núcleo; 
  • A fresco:Pleomorfico,ativo,alongado, com emissão continua a rapida de pseudopodes; 
  • Pré-cisto,oval,ligeiramente arredondado e menor que o trofozoito; 
  • Cisto de 8 a 20 μm de diâmetro;
  • Metacisto,multinucleado onde depois de divisões da origem ao trofozóito;
  • Cariossoma pequena  e no centro do núcleo.

AMEBÍASE


O que é?
 
É uma infecção por parasita ou protozoário que acomete o homem podendo ficar restrita ao intestino, tendo como principal sintoma a diarréia, ou não causando febre e sintomas diferentes dependendo do órgão “invadido”. Mais freqüentemente o órgão preferencial a ser comprometido é o fígado. O agente causal é a Entamoeba hystolitica. Este parasita infecta aproximadamente 1% da população mundial, principalmente a população pobre de países em desenvolvimento. Recentemente identificou-se um parasita com a mesma forma da Entamoeba hystolitica que não causa doença (Entamoeba dispar). Isto é importante porque o achado da ameba nas fezes de um indivíduo não necessariamente caracteriza amebíase. A E. dispar não é causadora de doença e a hystolitica pode estar presente no indivíduo e não causar doença. A diferenciação de uma para a outra é feita por exames de laboratório e raramente se mostra relevante.
 
Como se adquire?
 
Através da ingestão de alimentos ou água contaminada com matéria fecal contaminada com os cistos da Entamoeba. Pode-se adquirir de outras formas, mas são bem menos freqüentes e estão restritas praticamente a pessoas com a imunidade comprometida.

O que se sente?

Os sintomas das pessoas com amebíase vão desde a diarréia com cólicas e aumento dos sons intestinais até a diarréia mais intensa com perda de sangue nas fezes, febre e emagrecimento. Nestes casos ocorre invasão da parede do intestino grosso com inflamação mais intensa e os médicos chamam de colite. Podem ocorrer ulcerações no revestimento interno do intestino grosso, por esta razão o sangramento. Raramente a infecção causa perfuração do intestino, quando ocorre a manifestação é de doença abdominal grave com dor intensa, rigidez e aumento da sensibilidade da parede além de prostração extrema da pessoa afetada. A doença pode apresentar-se de forma mais branda com diarréia intermitente levando muitos anos até surgir um comprometimento do estado geral.
Não muito comumente o protozoário pode penetrar na circulação e formar abscessos (coleções fechadas no interior de algum órgão ou estrutura do corpo) no fígado que causam dor e febre com calafrios. Estes abscessos podem romper-se para o interior do abdômen ou mesmo do tórax comprometendo as pleuras (camada que reveste os pulmões) ou o pericárdio (camada que reveste o coração). Também raramente podem formar-se tumorações no intestino que se denominam “amebomas”.
As situações de doença extra-intestinal ou invasiva são as que levam aos casos mais extremos que evoluem para a morte do indivíduo infectado.
 
Como se faz o diagnóstico?
 
O exame de fezes detecta o parasita com alguma facilidade. A forma mais invasiva depende do que os médicos chamam de exames de imagem (tomografia computadorizada, ecografia ou ressonância magnética). Algumas vezes para confirmação diagnóstica , além do exame de imagem os médicos usam agulhas finas para puncionar os abscessos. Nas formas mais invasivas, quando o diagnóstico não for possível por identificação do cisto utiliza-se exames de sangue para a detecção da presença de anticorpos contra o parasita.
 
Como se trata?
 
A droga mais utilizada pelos médicos é um antimicrobiano com nome de metronidazol, mas existem outros com uso recomendado para circunstâncias específicas. O tempo de tratamento pode variar conforme o comprometimento da pessoa. As vezes, quando houver a formação de abscessos hepáticos pode ser necessário aspirá-los com agulha para diagnóstico ou tratamento, muito raramente estes casos irão a cirurgia.
 
Como se previne?
 
A contaminação fecal dos alimentos e da água é a principal causa de tal infecção. Como na maioria das parasitoses intestinais as medidas de saneamento básico como tratamento da água e esgotos são decisivas na prevenção desta doença.
Os alimentos mais freqüentemente contaminados são os vegetais cultivados junto ao solo. A higiene destes alimentos crus deve ser rigorosa com detergentes potentes seguido de imersão em solução de vinagre ou ácido acético por 10 a 15 minutos. A água somente após ser fervida fica totalmente livre destes protozoários.
O tratamento adequado destes pacientes ajuda a eliminar fontes de propagação da doença, principalmente na zona rural onde a água tratada não é sempre disponível.
Os hábitos gerais de higiene como lavar as mãos após o uso do sanitário são medidas de educação que com certeza contribuem na prevenção. A fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos pela vigilância sanitária é de suma importância.
Recentemente a possibilidade de vacina para um futuro não muito distante mostrou-se viável.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA


 

No ambiente, os seres estão intimamente relacionados e estabelecem entre si condiçoes capazes de alterar suas formas de vida.

Afinalidade deste esta inter-relacionamento é a busca de melhores condiçoes de vida,como a busca de alimento e abrigo.

Foi pensando assim que surgiu a Parasitologia, uma ciência que emergiu no século 19 com o surgimento e o estabelecimento de várias áreas da medicina, entre elas, a medicina tropical. Essa ciência, segundo o sumário bibliográfico, foi indicada inicialmente como um ramo da história natural, sendo construída com a descoberta e posterior descrição de vários agentes patogênicos, responsáveis por alguns processos mórbidos, até então não atribuíveis a organismos externos ao indivíduo. Alguns parasitologistas ao redor do mundo começaram a descrever, além dos agentes patogênicos, os vetores e os mecanismos de transmissão das diversas doenças causadas pelos parasitas. No Brasil, o histórico da parasitologia margeia o trajeto da medicina tropical, com o constante embate entre os médicos da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e da Escola Tropicalista Baiana. Já em 1900, renomados médicos parasitologistas surgem no cenário brasileiro: Oswaldo Cruz e Carlos Chagas que, através de suas descobertas, impulsionaram a parasitologia até os dias atuais.